Política

Justiça anula escutas telefônicas da investigação sobre desvio de recursos públicos da Valec

A Procuradoria Regional da República da 1ª Região informou que irá recorrer da decisão assim que o processo retornar ao órgão

Justiça anula escutas telefônicas da investigação sobre desvio de recursos públicos da Valec
Justiça anula escutas telefônicas da investigação sobre desvio de recursos públicos da Valec
Apoie Siga-nos no

Heloisa Cristaldo


Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu, por unanimidade, anular as interceptações telefônicas feitas durante a Operação Trem Pagador, da Polícia Federal, que investigou desvios de recursos da Valec Engenharia, empresa pública federal vinculada ao Ministério dos Transportes e responsável pela construção de ferrovias no Brasil.

Em primeira instância, a Justiça Federal autorizou as interceptações telefônicas do então presidente da estatal, José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha, da mulher dele, Marivone Ferreira das Neves e do filho do casal, Jader Ferreira das Neves, por suspeita de fraude em licitações com indícios de apropriação de dinheiro público.

O relator do processo, desembargador Tourinho Neto, acatou o recurso dos réus considerando que


para o crime de fraude em licitação punido com pena de detenção, e não de reclusão, a interceptação é ilegal. Para Tourinho Neto, as provas necessárias à investigação “podem ser obtidas por outros meios”.

Segundo investigações da Polícia Federal, José Francisco das Neves é suspeito de ocultação e dissimulação da origem de dinheiro e bens imóveis, rurais e urbanos, adquiridos em seu nome e de parentes, com recursos obtidos de forma indevida durante o período em que foi presidente da Valec, entre 2003 a 2011.

De acordo com o Ministério Público Federal, Neves superfaturou o Trecho 4 da Ferrovia Norte-Sul em cerca de 90 milhões de reais e, desse total, aproximadamente 60 milhões de reais foram desviados.

A Procuradoria Regional da República da 1ª Região informou que irá recorrer da decisão assim que o processo retornar ao órgão.

 

*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

Heloisa Cristaldo


Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu, por unanimidade, anular as interceptações telefônicas feitas durante a Operação Trem Pagador, da Polícia Federal, que investigou desvios de recursos da Valec Engenharia, empresa pública federal vinculada ao Ministério dos Transportes e responsável pela construção de ferrovias no Brasil.

Em primeira instância, a Justiça Federal autorizou as interceptações telefônicas do então presidente da estatal, José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha, da mulher dele, Marivone Ferreira das Neves e do filho do casal, Jader Ferreira das Neves, por suspeita de fraude em licitações com indícios de apropriação de dinheiro público.

O relator do processo, desembargador Tourinho Neto, acatou o recurso dos réus considerando que


para o crime de fraude em licitação punido com pena de detenção, e não de reclusão, a interceptação é ilegal. Para Tourinho Neto, as provas necessárias à investigação “podem ser obtidas por outros meios”.

Segundo investigações da Polícia Federal, José Francisco das Neves é suspeito de ocultação e dissimulação da origem de dinheiro e bens imóveis, rurais e urbanos, adquiridos em seu nome e de parentes, com recursos obtidos de forma indevida durante o período em que foi presidente da Valec, entre 2003 a 2011.

De acordo com o Ministério Público Federal, Neves superfaturou o Trecho 4 da Ferrovia Norte-Sul em cerca de 90 milhões de reais e, desse total, aproximadamente 60 milhões de reais foram desviados.

A Procuradoria Regional da República da 1ª Região informou que irá recorrer da decisão assim que o processo retornar ao órgão.

 

*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo