Política

Justiça afasta gerente da Codevasf após suspeita de propina por desvios na estatal

PF apontou pagamentos de R$ 250 mil feito por empresas investigadas por supostas fraudes em contratos

Justiça afasta gerente da Codevasf após suspeita de propina por desvios na estatal
Justiça afasta gerente da Codevasf após suspeita de propina por desvios na estatal
Foto: Divulgação/PF
Apoie Siga-nos no

Após autorização da Justiça Federal do Maranhão, a Polícia Federal cumpriu uma ordem para o afastamento de um gerente da estatal Codevasf no estado por suspeita de ter recebido propina de empresas investigadas por desvios no órgão, que é comandado politicamente pelo Centrão. A PF também cumpriu busca e apreensão contra o gerente na última quinta-feira.

O inquérito identificou pagamentos de R$ 250 mil feitos por empresas ligadas ao empresário Eduardo José Ribeiro Costa, o Imperador. Diante dos indícios, a PF pediu à Justiça o afastamento do gerente da Codevasf de suas funções.

A Operação Odoacro foi deflagrada em julho pela PF do Maranhão. Na ocasião, cumpriu mandados de busca e apreensão na superintendência do Maranhão da Codevasf, alvo das suspeitas, além de outros alvos. Os crimes sob investigação são fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Nas buscas, foram apreendidos itens de luxo, como bolsas, relógios e dinheiro vivo. No endereço de um dos alvos, foi encontrado mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo.

Procurada, a defesa de Eduardo José Ribeiro da Costa afirmou não ter conhecimento dos fatos apurados.

Quando a operação foi deflagrada, a Codevasf afirmou que os contratos investigados eram de responsabilidade de prefeituras e negou envolvimento do órgão com desvios. Procurada nesta terça-feira, a Codevasf ainda não respondeu aos contatos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo