Política

Justiça aceita denúncia e torna réus 13 acusados de planejar sequestro contra Moro

Segundo relatório do MPF, a organização teria atuado sob ordens da facção Primeiro Comando da Capital

O ex-juiz Sergio Moro. Foto: Talita Giudice/Divulgação/Super Rádio Tupi
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A Justiça Federal do Paraná acolheu a denúncia do Ministério Público Federal que acusa 13 pessoas de integrarem uma organização criminosa responsável por planejar o crime de sequestro contra o senador Sérgio Moro (União-PR). A decisão foi assinada pela juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba.

Com a determinação, os acusados se tornam réus. O MPF elenca a prática dos crimes de tentativa de extorsão mediante sequestro, organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo.

Segundo o relatório do MPF, a organização teria atuado sob ordens da facção Primeiro Comando da Capital, o PCC. O setor seria conhecido como “restrita” e teria como incumbência a execução de atentados, como homicídios e extorsão mediante sequestro, contra pessoas que desempenharam funções na área de segurança pública.

O MPF diz que dados telemáticos revelaram a existência de dois grupos de trocas de mensagens virtuais entre integrantes da organização e de diálogos fora desses grupos, em que se tratava do plano contra Moro.

Os acusados teriam realizado buscas por imóveis que pudessem ser utilizados como base para preparação e, posteriormente, como cativeiro, em outubro de 2022. Além disso, teriam compilado dados em relação a Moro e à sua família, como endereços pessoais e profissionais.

A Polícia Federal identificou um carro que teria sido utilizado por um dos acusados em janeiro deste ano, para vigiar um dos endereços ligados a Moro. No mesmo período, outra acusada teria negociado o aluguel de uma chácara na região metropolitana de Curitiba, para cerca de 15 pessoas. Os investigadores também detectaram atividades de monitoramento dos acusados sobre Moro em fevereiro deste ano.

Uma operação policial desmantelou o grupo em março. Além de Moro, os acusados também miravam o promotor de Justiça Lindoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo, o Gaeco.

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