Política

Juíza impede Gleisi de atuar como advogada e cobra 31 milhões de Lula

Carolina Lebbos voltou também a negar pedidos de entrevista ao ex-presidente

Gleisi e Emídio de Souza (à direita) foram impedidos de atuarem como advogados de Lula
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A juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução penal dos casos da operação Lava Jato em Curitiba, decidiu proibir Gleisi Hoffmann, presidente do PT, de atuar como advogada de defesa de Lula. 

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Gleisi passou a integrar a equipe de advogados de Lula para encontrá-lo sem restrições. Com a decisão, a presidente da legenda terá de respeitar o horário de visitas, que ocorre às quintas-feiras. Emídio de Souza, tesoureiro do PT, também foi impedido de ir à Superintendência sem limites. 

No despacho, Lebbos defende o impedimento de integrantes do Legislativo para o exercício da advocacia em favor de Lula, caso de Gleisi, que é senadora. 

A magistrada cobrou ainda 31 mihões de reais do ex-presidente como parte da pena imposta no caso tríplex. Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, o petista afirmou possuir perto de 8 milhões de reais. 

Os 31 milhões de reais são o montante atualizado da reparação do dano, de 29,8 milhões, além de multa de 1,2 milhão de reais. Lebbos mandou abrir uma “conta de depósito judicial para o recolhimento de valores devidos”. Ela afirmou que o executado pode formula uma proposta de parcelamento nos próximos 15 dias. 

Lebbos voltou também a negar pedidos de entrevista feitos ao ex-presidente. Ela exigiu que autoridades policiais respondam se houve conhecimento de eventual entrevista concedida por Lula ao jornal italiano La Repubblica e demandou a relação de todos que visitaram o ex-presidente. 

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