Política

Juiz da Lava Jato cita Dilma e Aécio e fala em “resposta institucional” à corrupção

Para Sergio Moro, declarações da presidenta e do senador indicam “a necessidade do prosseguimento do processo”

Juiz da Lava Jato cita Dilma e Aécio e fala em “resposta institucional” à corrupção
Juiz da Lava Jato cita Dilma e Aécio e fala em “resposta institucional” à corrupção
O senador Aécio Neves e a presidenta reeleita Dilma Rousseff durante debate nas Eleições
Apoie Siga-nos no

Responsável pelos processos da Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal no Paraná, citou a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no despacho em que autoriza a deflagração da sétima fase da operação, realizada pela Polícia Federal nesta sexta-feira 14. Moro lembrou que tanto a petista quanto o tucano fizeram pedidos públicos para que o caso fosse apurado a fundo, indicando assim “a necessidade do prosseguimento do processo e a importância dele para o quadro institucional”.

Moro lembrou que a operação, fruto de um “competente trabalho de investigação” da PF e do Ministério Público Federal, “tem recebido grande atenção da sociedade civil, inclusive com intensa exposição na mídia”, assim como de políticos como Dilma e Aécio.

“Evidentemente, cabe ao Judiciário aplicar as leis de forma imparcial e independentemente de apelos políticos em qualquer sentido. Entretanto, os apelos provenientes de duas das mais altas autoridades políticas do país e que se encontram em campos políticos opostos confirmam a necessidade de uma resposta institucional imediata para coibir a continuidade do ciclo delitivo descoberto pelas investigações, tornando inevitável o remédio amargo, ou seja, a prisão cautelar”, escreveu Moro.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo