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Jornada às profundezas

Quatro acadêmicos analisam, uma década depois, as causas e efeitos dos protestos de junho de 2013

Custou mais de 20 centavos. Os protestos contra o reajuste da tarifa de ônibus foram reprimidos com violência – Imagem: Nelson Almeida/AFP
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Movimento espontâneo e popular? Revolta manipulada pela elite nativa associada a interesses internacionais? Abre-alas da ascensão de Jair Bolsonaro e do extremismo? Passados 10 anos das jornadas de junho, o País ainda não conseguiu decifrar a contento as causas e as consequências dos protestos, cujo estopim, na tarde de 13 de junho de 2013, foi uma reivindicação tão antiga quanto pueril de estudantes paulistanos: não só impedir o aumento de 20 centavos na tarifa de ônibus da capital, mas defender a gratuidade do transporte público.

Capitaneado pelo Movimento Passe Livre, organização autodeclarada apartidária, as jornadas de junho foram marcadas pela violência policial e por uma metamorfose ao longo dos dias. Aos poucos, o MPL viu-se alijado dos protestos, enquanto os manifestantes, cada vez mais brancos, empunhavam a bandeira da antipolítica. O movimento cresceu, alastrou-se pelos demais estados e fez surgir um tipo de militância incomum no País, os Black Blocs, encapuzados violentos que promoveram o quebra-quebra de agências bancárias, lojas, equipamentos públicos e, por fim, a invasão do Congresso.

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