Política

João Doria e Márcio França vão ao segundo turno em São Paulo

Paulo Skaf, que estava em segundo lugar nas pesquisas, não conseguiu os votos necessários e resultado coloca o atual governador no segundo turno

A disputa entre João Doria e Márcio França continua no segundo turno
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O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) disputará o segundo turno das eleição para Palácio dos Bandeirantes com o atual governador do Estado, Márcio França (PSB). O tucano obteve 31,7% dos votos, enquanto França ficou com 21,5%.

Empresário, Doria foi eleito em 2015 prefeito da capital paulista no primeiro turno vestindo o discurso de que não era político, mas “gestor”. Prometeu que ficaria os quatro anos no comando da cidade de São Paulo. Um ano e três meses depois, porém, o tucano jogou suas promessas no lixo e voltou a fazer campanha para si mesmo. Chegou a almejar a disputa presidencial, mas teve que se contentar com o pleito paulista.

Enquanto prefeito, não conseguiu resolver problemas básicos de zeladoria da cidade, como a varredura das ruas. Foi em sua gestão que funcionários da limpeza chegaram a jogar esguichos de água gelada em moradores de rua. Outra polêmica que envolveu Doria foi sua proposta de implantar a farinata para os estudantes das escolas municipais. Teve que voltar atrás. 

Entre as declarações dessa campanha, o ex-prefeito disse que se governador a polícia paulista terá orientação de atirar para matar. Hoje, declarou apoio a campanha de Jair Bolsonaro.

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França é formado em Direito e já trabalhou como oficial de Justiça. Na época da faculdade foi líder estudantil. Em São Vicente, sua cidade natal, foi vereador e prefeito e chegou a ser deputado federal por São Paulo entre 2007 e 2015.

No governo Alckmin, comandou as pasta de Esporte, Lazer e Turismo de São Paulo e de Desenvolvimento Econômico, antes de ser convidado a ser o vice na chapa do tucano, em 2014. Em abril deste ano assumiu o Palácio dos Bandeirantes após saída de Alckmin, que foi disputar as eleições presidenciais. 

Classificado por adversários como um “semitucano”, França deverá disputar com Doria o espólio de Alckmin, de quem se considera um sucessor natural. Uma vantagem para o socialista é que a relação entre os dois tucanos não andam das melhores. Alas do tucano também não simpatizam com o ex-prefeito, o que pode favorecer o rival no segundo turno.

Entre as propostas do socialista, muitas reeditam projetos que seu antecessor, nem sempre cumpridas. Entre elas, a valorização dos educadores e de policias. No Transporte, prometeu implantar uma nova malha ferroviária ligando da Região Metropolitana de São Paulo a Santos, concluir trecho do Rodoanel e estimular a construção de novos aeroportos.

Na área da Segurança Pública, França chegou a exaltar a atitude da policial militar Katia Sastre, que atirou em um ladrão em frente a uma escola infantil e disse que a PM seria mais eficiente se não precisasse atender a brigas domésticas.

Neste domingo, quando foi votar, o socialista afirmou que não apoiará Jair Bolsonaro no segundo turno.

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