Economia
Jaques Wagner será o relator da indicação de Galípolo no Senado, indica Padilha
Segundo o ministro, a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos deve acontecer na semana que vem
O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa, deve ser o relator da indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, apontou nesta segunda-feira 2 o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), após uma reunião entre lideranças, ministros e o presidente Lula (PT).
“O presidente Lula reforçou a orientação ao líder Jaques Wagner para acompanhar o indicado Gabriel Galípolo a fazer reuniões, seja com líderes, seja com membros da Comissão de Assuntos Econômicos”, disse o responsável pela articulação política.
Galípolo, diretor de política monetária do BC, deverá ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos em 10 de setembro, de acordo com Padilha. O presidente do colegiado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), já disse que o economista não deve ter problemas para ser aprovado.
“Tem uma primeira etapa, que é a sabatina na CAE. Então, é focar nesse momento de apresentar mais uma vez o Galípolo. Depois, vai ter uma segunda etapa, que é o plenário”, ressaltou o ministro. Para chegar ao comando do BC, Galípolo deve receber os votos da maioria dos senadores.
Segundo Padilha, o indicado está “mais do que preparado para fazer com que o Banco Central cumpra os quatro objetivos que estão na lei de autonomia: fomento ao pleno emprego, efetividade do sistema financeiro, suavização de qualquer tipo de oscilação econômica e respeito à política monetária”.
Após a aprovação, Galípolo tomará posse ao fim do mandato de Roberto Campos Neto, em 31 de dezembro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
