O desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro à frente do governo federal é reprovado por 55,4% da população, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira 12.
Esta é a maior cifra de rejeição que o presidente alcançou em seu governo, que, como ele, também é avaliado negativamente pelos entrevistados: 43,4% consideram a gestão federal como péssima ou ruim, 22,9% a classificam como regular e 32% acham que o governo é ótimo ou bom.
A avaliação negativa da figura de Bolsonaro enquanto presidente, em comparação com a última pesquisa da CNT, de janeiro, cresceu mais de oito pontos percentuais – 47% a 55,4%. Sua aprovação ficou em 39,2%, enquanto os que não sabem ou não responderam ao questionamento foram 5,4% do total. A CNT afirma que foram feitas 2.002 entrevistas por telefone, de 7 a 10 de maio de 2020, e que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
O único indicativo favorável ao governo vem com o questionamento da atuação frente à pandemia de coronavírus – mas, mesmo assim, a maioria dos entrevistados ainda avalia melhor a resposta dos governadores, rechaçados pelo presidente por adotarem quarentena oficial e outras medidas sanitárias mundialmente reconhecidas.
De acordo com a pesquisa, 51,7% aprovação a atuação do governo federal no combate ao coronavírus, frente a 42,3% que desaprovam e 6% que não responderam. Na perspectiva estadual, a satisfação chega a 69,2%, com 26,8% de desaprovação.
Outras ações políticas praticadas pelo presidente também não foram bem recebidas pelos eleitores, como a participação em atos antidemocráticos e o embate com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que foi relativizado.
Em relação aos atos que atacavam o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, esta é uma temática reprovada pela maioria dos entrevistados: 51,8% se posicionam contrários ao teor das manifestações, enquanto 28,8% são favoráveis. Ainda, 10,8% afirmam que não são “nem a favor, nem contra” e 8,6% não responderam.
Já no imbróglio com Moro, há um empate das pessoas acham que o combate à corrupção irá ficar do jeito que está (39,9%) e daquelas que acham que a situação irá piorar (39,7%). Só 12% acreditam na melhora, e 8,4% preferiram não opinar.
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