Economia
Investimento de R$ 85 bilhões: conheça o Plano Safra da Agricultura Familiar, lançado por Lula nesta quarta
Programa quer fortalecer a produção de alimentos por pequenos produtores brasileiros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira 3 o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. O governo promete investimentos de 85,7 bilhões de reais em um plano ‘mais agroecológico e com mais garantia de acesso para pequenos agricultores’.
Entre os destaques estão as dez linhas de financiamento de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que representam a maioria do dinheiro anunciado no Plano (76 milhões de reais). O programa oferece financiamento para atividades da agricultura familiar a juros baixos.
“Pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pode fazer. Ele foi feito de forma coletiva, muita gente participou, deu palpite. A agricultura familiar tem uma importância muito grande para este país”, disse Lula ao anunciar os investimentos.
No Plano Safra anterior (2023/2024), foram celebrados 1,7 milhões de contratos do Pronaf. Neste ano, o governo decidiu reduzir as taxas dos empréstimos em todas as linhas. Para a produção de arroz, por exemplo, as taxas serão de 3% (caso do grão tradicional) e 2% (arroz orgânico) – a produção agroecológica será incentivada em todas as frentes.
Foi anunciada, ainda, a criação de uma linha de financiamentos destinada à aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte (como roçadeiras e microtratores). Esses contratos estarão disponíveis para famílias com renda anual de até 100 mil reais, e o maquinário financiado poderá custar até 50 mil.
“O objetivo é aumentar a tecnificação da agricultura familiar, tornando o trabalho no campo menos penoso e aumentando a produtividade das famílias“, afirma o governo ao confirmar o incentivo.
Os detalhes sobre o acesso às linhas de crédito serão confirmados após o anúncio oficial, previsto para o final da manhã desta quarta-feira.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
MST completa 40 anos com ‘cicatrizes’ da luta pela terra e disputa pelo modelo de agricultura no país
Por Brasil de Fato
Lula anuncia investimentos do PAC na Bahia e diz não ser obrigado a prestar contas a banqueiros
Por Wendal Carmo