Política

Investigação contra filho ’04’ de Bolsonaro receberá provas de inquérito das milícias digitais

A PF abriu um inquérito para investigar Jair Renan Bolsonaro por suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro

Investigação contra filho ’04’ de Bolsonaro receberá provas de inquérito das milícias digitais
Investigação contra filho ’04’ de Bolsonaro receberá provas de inquérito das milícias digitais
Jair Renan Bolsonaro, filho 04 do presidente. Foto: AFP
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A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro recebeu um pedido de compartilhamento de informações que constam no inquérito das milícias digitais para abastecer a investigação contra o filho 04 do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, por suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Em ofício enviado a Denisse em outubro, o Setor de Inteligência Policial da PF no Distrito Federal registrou que diligências em andamento no inquérito que mira Jair Renan indicam a ‘associação estável’ entre o filho 04 de Bolsonaro e outros investigados ‘no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade’.

“O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”, diz ainda o documento.

Os investigadores querem analisar vínculos entre os alvos da apuração que mira Jair Renan e os investigados no inquérito das milícias digitais, em especial uma possível ligação entre o filho 04 do presidente, o bolsonarista Oswaldo Eustáquio e Allan Lucena, apontado como sócio de Jair Renan.

A Polícia Federal aponta que, durante a Operação Lume – ofensiva aberta no bojo do inquérito dos atos antidemocráticos, que antecedeu o das milícias digitais – foi identificada uma conversa entre Oswaldo Eustáquio e um contato salvo em sua agenda como ‘Allan Lucena Stf’. À época, ele ocupava o cargo de gerente da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer do Distrito Federal.

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