Política

Interpol inclui nome de Pizzolato na lista de procurados

A Justiça italiana não tem obrigação de extraditar Pizzolato, uma vez que ele possui cidadania italiana

Em sua página, Interpol coloca o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato na lista de procurados
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O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do “mensalão”, foi incluído na lista de pessoas procuradas pela Interpol nesta segunda-feira 18.

Em seu site, a organização que coopera com as polícias de 190 países afirma que Pizzolato é procurado pelas autoridades brasileiras pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e destaca que o condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) possui cidadania brasileira e italiana.

Pizzolato foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato por ter facilitado contratos entre o Banco do Brasil e a DNA Propaganda, de Marcos Valério. Sua prisão, assim como a de 11 outros condenados na ação penal, foi decretada na sexta-feira 15, mas no sábado, por meio de uma carta, o réu informou que estava na Itália e que não iria se entregar.

No texto, divulgado pelo seu então advogado no caso, Marthius Sávio Cavalcante Lobato, Pizzolato afirmou que “por não vislumbrar a mínima chance de ter julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento na Itália”. Ele está no país há cerca de 45 dias e fugiu pela fronteira com o Paraguai.

De acordo com notícia publicada pela Folha Online, Pizzolato tem documentos com informações inéditas sobre sua participação no caso. O dossiê deve ser usado pelo ex-diretor do BB caso um processo seja aberto na Itália para julgá-lo. Os papéis também trariam, segundo o jornal, detalhes de sua defesa na ação do STF.

A Justiça italiana não tem obrigação de extraditar Pizzolato, uma vez que ele possui cidadania italiana. Ainda assim, o Ministério da Justiça estuda a melhor forma de solicitar sua extradição. O Ministério considera a tarefa difícil, entre outros motivos, porque, em 2009, o Brasil não extraditou Cesare Battisti, ativista de esquerda condenado na Itália à pena de prisão perpétua.

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