Índios ocupam a Prefeitura de São Paulo contra cortes na saúde

'O povo guarani exige que a Prefeitura reconheça que o município não tem condições de assumir a oferta de uma saúde diferenciada'

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Integrantes do povo guarani, que vivem na Terra Indígena Jaraguá, localizada na zona oeste de São Paulo, ocuparam o prédio da Prefeitura de São Paulo na manhã desta quarta-feira 27.  Segundo as lideranças do ato, a manifestação reivindica melhoras no sistema de saúde e protesta contra a municipalização do atendimento aos índios.

“O povo guarani exige que a Prefeitura reconheça que o município não tem condições de assumir a oferta de uma saúde diferenciada aos povos indígenas, direito assegurado pela Constituição Federal”, disse, em nota, a liderança do ato.

No começo da manifestação, 15 índios entraram no saguão do prédio da Prefeitura, que fica no centro da cidade, e gritaram palavras de ordem contra o prefeito Bruno Covas (PSDB). Houve um pequeno confronto entre os manifestantes e a Guarda Civil Metropolitana, que logo em seguida colocou todos para fora e trancou as portas do edifício.


Após as entradas serem fechadas, cerca de 300 manifestantes se uniram e seguiam, até o fechamento deste texto, em frente ao prédio aguardando uma resposta do prefeito. Dois advogados que representam o movimento tentaram entrar para uma possível negociação, mas foram expulsos.

Posteriormente, representantes de Covas permitiram que líderes do  movimento pudessem entrar, junto de seus advogados e de parlamentares que acompanham a movimentação. O encontro está sendo realizado sem a presença de Bruno Covas. Segundo sua assessoria, ele está em agenda externa. O líder do movimento, Tiago Jekupe, afirmou que os manifestantes não irão sair da porta do prédio até realizarem uma reunião com o prefeito.

Em nota, a Guarda Civil Metropolitana afirmou que a saída dos manifestantes do saguão ocorreu após diálogo entre as duas partes e que não houve uso progressivo da força. “A GCM continua atuando na proteção da sede da Prefeitura. Os manifestantes permanecem na porta do Edifício Matarazzo.”

 

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