Indicada por Vélez como número 2 do MEC, Iolene Lima é demitida

Ex-secretária executiva foi o 3º nome em 3 meses e ficou no cargo por apenas oito dias

Reprodução Instagram

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O posto de secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) está, mais uma vez, vago. Iolene Lima, pastora evangélica indicada ao cargo pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), informou nesta sexta-feira (21) que deixará o cargo.

A saída foi informada por meio da sua conta pessoal no Twitter. Sem prestar detalhes sobre a motivação, Iolene contou ter esperado uma semana para começar efetivamente no cargo, e então foi informada que não está mais no MEC. Confira a mensagem deixada por ela:

Confusão no MEC

A indicação de Iolene para o conhecido “cargo número 2 do MEC” foi anunciada por Vélez após a queda consecutiva de outras duas pessoas do posto de secretário-executivo: Luiz Tozi, que estava no cargo desde o início do governo, e Rubens Barreto da Silva, que nem chegou a assumir e continua como secretário-adjunto. A medida que atingiu os dois está no centro de uma briga entre os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, que ocupam cargos no MEC, e outros grupos da pasta, como a ala técnica e militar.


Ligada a escolas evangélicas, ela estava no ministério como diretora de capacitação desde o início do governo, e foi informada em 14 de março que assumiria o posto. Mas sua nomeação sequer foi publicada no Diário Oficial da União. O nome de Iolene enfrentou resistências na Casa Civil, que disputa, com aliados do governo, a indicação de cargos na estrutura da Educação.

A pastora evangélica atua na Primeira Igreja Batista de São José dos Campos (SP), atualmente conhecida como Igreja da Cidade. Também dirigiu, na cidade do interior de São Paulo, o Colégio Inspire, que segue uma “metodologia de educação por princípios” e apresenta todos os conteúdos programáticos dentro da “cosmovisão bíblica”.

Em entrevista para um canal evangélico, Iolene contou que é contra a educação laica e defende um ensinamento baseada nos princípios de Deus. “A geografia, a história e a matemática vão ser vistas sob a ótica de Deus, em uma cosmovisão cristã”, afirmou.

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