Política

Impacto da Petrobras sobre a economia brasileira diminuiu, diz Jean Paul Prates

GT de Minas e Energia identificou queda na participação da Petrobras no PIB

O senador Jean Paul Prates (PT-RN). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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O senador Jean Paul Prates (PT-RN), do Grupo de Trabalho de Minas e Energia da equipe de transição, afirmou que a Petrobras “diminuiu de tamanho” em relação à sua participação na economia.

A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira 8, em Brasília.

De acordo com o parlamentar, responsável pelo subgrupo de Petróleo, Gás e Combustíveis, a Petrobras havia movimentado 13% do Produto Interno Bruto em 2014, e esse percentual caiu para menos de 4% no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em termos de formação de capital, segundo ele, caiu de 7,6% em 2014 para menos de 3% em 2022.

“Podemos dizer que a empresa diminuiu de tamanho em relação ao efeito multiplicador que ela tem na economia brasileira, como movedor de investimentos”, disse o petista.

Prates afirmou que o GT encaminhou uma solicitação expressa à Petrobras para que fossem reanalisados os processos de desinvestimentos que já estavam iniciados, que não se iniciassem novos processos, e que os processos que estivessem na fase de fechamento fossem comunicados.

O petista afirmou que “toda a administração nova tem o direito de analisar passos que ainda não foram completados”. Ele defendeu a venda de alguns ativos da Petrobras, mas afirmou que há muitos “importantes” que precisam ser preservados.

Nós vimos de fato ativos que fazem sentido vender. Pedaços de ativos antigos, pedaços de coisas que já foram vendidas, sobras de participações em outros países que não fazem mais sentido, não param de pé sozinhos. Mas há muitos ativos importantes que podem ser objeto de reconsideração para que a empresa, conjuntamente com a análise de futuro, possa aproveitar ou integrar esses ativos numa nova formatação”, declarou.

Prates classificou ainda como “lamentável” a situação financeira das instituições ligadas ao ramo, como a Empresa de Pesquisa Energética, a Pré-sal Petróleo S.A. e a Agência Nacional do Petróleo.

Segundo ele, a EPE perdeu 1/3 do seu staff, porque funcionários receberam propostas e foram para o mercado. Sem condições de fazer novos concursos, a companhia não conseguiu repor os desfalques na equipe. Em situação similar, a PPSA e a ANP vivem sem “estrutura mínima”, segundo ele.

“A ANP, a PPSA e a EPE vivem em estados calamitosos em termos de finanças, e isso é surpreendente e lamentável. Porque não se trata de um órgão que puxa do orçamento público sem contribuir. São órgãos que geram receitas bilionárias para o estado brasileiro. Então, o mínimo que eles podem ter é uma estrutura para funcionar”, criticou.

O GT de Minas e Energia é um dos 31 núcleos temáticos da equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esses grupos têm até o dia 11 de dezembro para apresentar relatórios com diagnósticos sobre o cenário deixado por Bolsonaro em diferentes áreas.

Os documentos serão reunidos em um informe único a ser entregue a Lula, com recomendações de políticas públicas e sugestões de revogações de medidas estabelecidas por Bolsonaro. As informações serão analisadas e possivelmente cumpridas pelos ministros do novo governo.

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