Política
‘Igreja não pode ter partido’, diz Lula ao criticar quem mistura fé com política
‘Todas as religiões serão respeitadas, porque é isso que está na Constituição’, afirmou o ex-presidente em comício no Pará


O ex-presidente Lula (PT) voltou a criticar nesta sexta-feira 2 líderes religiosos que misturam a fé com política partidária. O petista participou de um comício em Belém (PA).
“O Estado brasileiro não pode ter religião. O Estado é laico”, discursou o ex-presidente. “Eu sou católico e da mesma forma que o Estado não pode ter religião, a igreja não pode ter partido”.
A declaração ocorre em meio à tentativa de Lula de melhorar seus índices junto ao eleitorado evangélico. O ex-presidente tem sido alvo de fake news de alguns pastores bolsonaristas.
“Todas as religiões serão respeitadas. Todo mundo tem direito de crer em seu Deus”, acrescentou o petista. “Religiões de matriz africana, evangélicos, judaicos e muçulmanos, todos serão respeitados porque é isso que está na Constituição”.
No evento, Luta também citou as medidas do seu governo para garantir a liberdade religiosa, como a Marcha para Jesus.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.