O candidato Fernando Haddad (PT), que disputa o governo de São Paulo, rejeitou a proposta de privatizar a Companhia de Saneamento Básico do estado, a Sabesp, mas defendeu a privatização da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais, a Ceagesp.
Em debate neste domingo 7, na Band, Haddad disse que privatização e estatização “não é uma questão dogmática” e responsabilizou a relação conflituosa entre o ex-governador João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela não realização da privatização da Ceagesp.
“Tem empresas que podem e devem ser privatizadas. Eu mesmo, quando prefeito de São Paulo, defendi a privatização da Ceagesp, por exemplo, que estava estabelecido no plano de privatização e, em virtude da briga do Doria e do Bolsonaro, acabou não sendo realizada”, declarou o petista. “Seria um grande ganho para São Paulo, inclusive, mudar a Ceagesp de lugar, levar os empregos da Ceagesp para Perus, e abrir a Vila Leopoldina para um bairro conectado com a revolução tecnológica que está em curso.”
Por outro lado, Haddad disse ser “absolutamente contra” a privatização da Sabesp por se tratar de um serviço essencial. Segundo o ex-prefeito, a venda da empresa pode resultar no aumento da tarifa de água.
Em comentário, Tarcísio de Freitas (Republicanos) citou “cautela” no tema da privatização da Sabesp, mas fez um comentário mais favorável ao processo.
“A Sabesp tem uma missão muito importante de garantir o saneamento”, afirmou. “A gente tem que olhar essa questão da privatização com cautela, mas sempre olhando indicadores de desempenho.”
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