Haddad recebe apoios de evangélicos

Petista disse que o evento é uma "reação" a Silas Malafaia; evangélicos reclamam da lei do Psiu, que ganhou força na gestão Gilberto Kassab

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O candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, recebeu o apoio de 20 pastores evangélicos de diferentes igrejas nesta segunda-feira 22. Eles assinaram um manifesto em que pedem um aumento na parceria entre as igrejas e a prefeitura e também o “fim das perseguições e do clima de medo impostos pelos governos de Serra e Kassab”.

Os evangélicos alegam que a gestão de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura tem aplicado multas arbitrárias e tentando fechar templos com a aplicação do Psiu, o programa de silêncio urbano.

Segundo a lei, o controle deve ser feito onde está a pessoa que reclama do barulho. Mas os pastores alegam que as medições têm ocorrido na entrada dos templos, visando prejudicar os religiosos. Haddad disse que a lei não deve ser mudada, mas deve cumprida a risca pela prefeitura, sem prejudicar os cultos.

Resposta a Silas Malafaia

Haddad disse que o evento é uma “reação” ao pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus em Cristo. O pastor havia dito que iria “trucidar” o petista e que “Haddad pode até ganhar, mas não com os votos dos evangélicos”. “Houve uma reação ao modo e termos que o pastor (Silas Malafaia) usou para se dirigir a minha pessoa”, disse Haddad na saída da reunião.

Segundo Malafaia, o petista estaria “marcado” devido à cartilha anti-homofobia que foi elaborado durante a sua gestão no ministério da Educação, mas não chegou a ser distribuído.  O pastor Renato Galdino, da Assembleia de Deus de Santo Amaro, também criticou Malafaia, cuja igreja é sediada no Rio de Janeiro. “Ele deveria aprender a não colocar o bico em São Paulo, e se ele for tentar entrar hoje (em São Paulo), ele não consegue, porque a prefeitura não dá alvará.”


Galdino havia apoiado o candidato derrotado no primeiro turno Celso Russomanno (PRB) no primeiro turno e imprimido material para ele distribuir em suas igrejas. Ele diz ter decidido apoiar o petista porque ele tem uma “grande aceitação” na igreja.

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