O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira 17 ser possível alcançar de 300 a 350 votos a favor da proposta de regra fiscal na Câmara dos Deputados.
O petista elogiou o trabalho do relator, o deputado Claudio Cajado (PP-BA), e disse que a ideia é obter uma votação expressiva para mostrar o avanço de um processo de “despolarização”.
“Quando você tem uma Casa com 513 parlamentares com visões diferentes, o relator fez um trabalho para tentar buscar aquele centro expandido para obter o resultado pretendido. Não apenas os 257 votos, mas um espaço maior, de 300 ou 350 votos, para sinalizar ao País que estamos despolarizando o País”, afirmou o ministro.
Em audiência na Câmara, Haddad também se manifestou sobre a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano. “Não dá para conviver com crescimento de 1% ao ano em média. Neste ano, nós devemos crescer para alguma coisa perto de 2%, mas é pouco. Na minha opinião é pouco”, reconheceu. “Tinha gente dizendo que ia ter retração, que está dizendo que vai crescer 1%. Não, nós vamos crescer mais para perto de 2%.”
Na terça-feira 16, Cajado se reuniu com parlamentares da base governista e da oposição e, posteriormente, em coletiva de imprensa, enfatizou que o novo arcabouço equilibrará as contas públicas sem afetar programas sociais, como o Bolsa Família, e o aumento real do salário mínimo.
A expectativa é que a Câmara vote ainda nesta quarta um requerimento para que o projeto do novo arcabouço fiscal tramite em regime de urgência. O governo espera que o mérito da proposta seja aprovado na quarta-feira 24.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login