Política

Haddad cita Geraldo Azevedo e acusa Mourão de tortura; músico diz que errou

Músico já pediu desculpas por declaração e a chamou de “equívoco”. Vice de Bolsonaro diz que petista espalha fake news

O vice de Bolsonaro ingressou na carreira militar após Geraldo Azevedo ser torturado
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Em sabatina nesta terça-feira 23, Fernando Haddad, do PT, usou uma declaração do compositor e cantor Geraldo Azevedo para afirmar que Mourão foi um “torturador” durante a ditadura. 

O músico já recuou da acusação, ao afirmar que se equivocou ao apontar Mourão como um de seus algozes. “Eu fui preso duas vezes na ditadura, fui torturado, você não sabe o que é tortura, não. Esse Mourão era um dos torturadores lá”, disse o músico em um show no fim de semana na Bahia. Nesta terça 23, sua assessoria de imprensa pediu desculpas pelo equívoco, e reforçou a posição do cantor de que não existe espaço para a tortura no Brasil de hoje. 

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Em 1969, quando Geraldo Azevedo foi preso, Mourão ainda não havia ingressado na carreira militar. Ele passou a integrar a Academia Militar das Agulhas Negras em 1972. Foi declarado aspirante-a-oficial em 1975. 

Na sabatina, Haddad afirmou que “Geraldo Azevedo declarou até num show que foi pessoalmente torturado pelo Mourão”. O vice de Bolsonaro disse que a declaração do músico cabe processo e acusou o candidato do PT de “fake news”. 

Embora não haja elementos que indiquem a participação de Bolsonaro ou de seu vice em sessões de repressão a adversários políticos, a campanha do candidato do PSL costuma enaltecer a memória de Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido torturador da ditadura. 

Em entrevista coletiva nesta terça 23, Haddad afirma que recebeu a denúncia “de uma fonte fidedigna”, o próprio Azevedo, que só reconheceu o erro depois. “Toda pessoa que foi torturada está sujeita a ter esse tipo de confusão, me solidarizo com ele. O esclarecimento dele também tem que ser dado a público.”

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