Política

Haddad alfineta governadores após posicionamento sobre tarifaço: ‘Bom notar que estão mudando’

As falas do ministro são em referência às iniciativas de governadores que inicialmente apoiaram a guerra comercial de Trump

Haddad alfineta governadores após posicionamento sobre tarifaço: ‘Bom notar que estão mudando’
Haddad alfineta governadores após posicionamento sobre tarifaço: ‘Bom notar que estão mudando’
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Diogo Zacarias/MF
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta quarta-feira 23 as iniciativas de governadores para mitigar os impactos do tarifaço promovido pelos Estados Unidos. Segundo Haddad, é positivo ver que alguns governadores finalmente estão percebendo que é o problema é do Brasil e não apenas do governo Lula (PT).

“É bom saber que os governadores estão mobilizados e percebendo finalmente que o problema é do Brasil, não é um problema de governo e sim do Estado brasileiro. É bom notar que eles estão mudando de posição e deixando de celebrar uma agressão estrangeira ao Brasil e abandonando o movimento inicial que fizeram de apoio ao tarifaço”, disse.

As falas de Haddad são em referência às iniciativas de governadores para reduzir efeitos do tarifaço promovido por Donald Trump para as empresas.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou o lançamento de uma linha de crédito com juros subsidiados para empresas exportadoras paulistas.

Já Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, lançou uma linha de crédito extraordinária, três fundos para empresas e também a criação de um comitê para manter contato com empresas afetadas pela medida.

Ambos os políticos de direita minimizaram inicialmente o tarifaço e culparam o presidente Lula pela decisão do governo dos EUA.

Planos de contingência

Segundo Haddad, a área técnica da Fazenda apresentará a ele nesta quinta-feira os planos de contingência, que devem ser levados a Lula na semana que vem. Na avaliação do chefe da Fazenda, “vai chegar a vez do Brasil” de negociar com os EUA.

“Estou vendo que Europa e Japão se movimentaram, Indonésia, Filipinas, Vietnã se movimentaram. Então estão acontecendo rodadas de negociação e vai chegar a vez do Brasil. E nós temos que estar preparados para quando sentarmos à mesa para expor nosso ponto de vista com base técnica”, disse.

O ministro ainda reforçou que o Brasil segue trabalhando no diálogo com o governo Trump. “Estamos fazendo tentativas de contatos reiterados. Mas há uma concentração de informações na própria Casa Branca em relação a esse tema”, completou.

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