Política

‘Há uma grande organização criminosa por trás’, diz procurador-geral de São Paulo sobre atos golpistas

Segundo Mario Luiz Sarrubbo, a investigação já chegou a nomes de financiadores

Ato golpista na Região Metropolitana de Florianópolis (SC). Foto: Anderson Coelho/AFP
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O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, disse nesta terça-feira 8 haver uma “grande organização criminosa” envolvida nos bloqueios de rodovias brasileiras após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotar Jair Bolsonaro (PL).

Sarrubbo se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e com os procuradores-gerais de Santa Catarina e do Espírito Santo.

“Há uma grande organização criminosa com funções pré-definidas, financiadores, arrecadadores, como é de conhecimento público. Tem vários números de Pix. Agora, temos que estabelecer quem exerce qual função “, declarou Sarrubbo a jornalistas após o encontro.

Segundo ele, empresários são os financiadores do movimento de caráter golpista. “Nós já temos alguns nomes, que não podem ser revelados, porque ainda estão sendo investigados.”

A procuradora-geral de Justiça do Espírito Santo, Luciana Andrade, disse depois da reunião que a investigação identificou um movimento de boicote por parte de empresários a outras empresas. Trata-se de um “coletivo de criminosos”, de acordo com Andrade.

“É algo que cria embaraço à livre iniciativa do comércio e que não víamos há anos, mas é um modo de proceder bem análogo e bem simultâneo aos bloqueios.”

Na segunda 7, Alexandre de Moraes estabeleceu o prazo de 48 horas para as polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal informarem a identificação de veículos utilizados em bloqueios e manifestações em frente a quartéis das Forças Armadas.

O ministro também cobrou detalhes sobre possíveis lideranças, organizadores ou financiadores do movimento golpista, conforme o despacho.

Desde o início dos protestos, Moraes determinou que a PRF e as PMs atuassem para desobstruir as rodovias, sob pena de multa. A decisão foi referendada, na semana passada, pelo plenário do STF.

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