Política
‘Há grande chance’, diz Kassab sobre apoio do PSD ao governo Lula
Para isso, segundo ele, o petista deverá atender ‘algumas premissas’, entre elas o apoio a Tarcísio em São Paulo e aos governadores de seu partido
O presidente nacional do PSD Gilberto Kassab afirmou que são grandes as chances de a legenda integrar a base de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira 3.
“Todos sabem que há uma chance grande, até pela conduta de parte expressiva do partido, de caminhar para o apoio à gestão Lula. Vai haver condições, lógico”, disse.
Para isso, segundo ele, o petista deverá atender “algumas premissas”, entre elas o apoio à recondução do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado e às gestões de Tarcísio de Freitas, em São Paulo; Fábio Mitidieri, em Sergipe; Eduardo Paes, na cidade do Rio de Janeiro; e Ratinho Jr., no Paraná.
“Eu sou a favor [de a legenda integrar a base de Lula], sim, desde que algumas premissas sejam atendidas. É inegociável na construção o apoio aos bons projetos do partido, que são o Eduardo Paes, ao Ratinho Jr., ao Tarcísio, ao Fábio Mitidieri e ao Rodrigo Pacheco no Senado”, destaca.
“O que significa isso? O PSD está oferecendo ao governo Lula a possibilidade de construir juntos boas políticas públicas para aproximadamente 40% do país. Nesses estados e no Senado, temos responsabilidade de condução. Temos de deixar claro que se integrarmos a base, queremos a reciprocidade de compartilhamento de condução de políticas públicas”, conclui.
Ex-ministro nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), Kassab ainda descartou a possibilidade de voltar à Esplanada dos Ministérios. “Não [acertaria um convite para ser ministro], porque não apoiei o Lula, tive uma postura como presidente de partido de neutralidade. E estou procurando oferecer para o Brasil um bom partido, que a partir de agora deixa de ser de centro para ser um pouquinho de centro-direita. Eu me considero um bom analista, e para mim está claro que o PT precisa se voltar para o centro.”
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