Política

‘Há grande chance’, diz Kassab sobre apoio do PSD ao governo Lula

Para isso, segundo ele, o petista deverá atender ‘algumas premissas’, entre elas o apoio a Tarcísio em São Paulo e aos governadores de seu partido

‘Há grande chance’, diz Kassab sobre apoio do PSD ao governo Lula
‘Há grande chance’, diz Kassab sobre apoio do PSD ao governo Lula
Gilberto Kassab. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O presidente nacional do PSD Gilberto Kassab afirmou que são grandes as chances de a legenda integrar a base de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira 3.

“Todos sabem que há uma chance grande, até pela conduta de parte expressiva do partido, de caminhar para o apoio à gestão Lula. Vai haver condições, lógico”, disse.

Para isso, segundo ele, o petista deverá atender “algumas premissas”, entre elas o apoio à recondução do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado e às gestões de Tarcísio de Freitas, em São Paulo; Fábio Mitidieri, em Sergipe; Eduardo Paes, na cidade do Rio de Janeiro; e Ratinho Jr., no Paraná.

“Eu sou a favor [de a legenda integrar a base de Lula], sim, desde que algumas premissas sejam atendidas. É inegociável na construção o apoio aos bons projetos do partido, que são o Eduardo Paes, ao Ratinho Jr., ao Tarcísio, ao Fábio Mitidieri e ao Rodrigo Pacheco no Senado”, destaca.

“O que significa isso? O PSD está oferecendo ao governo Lula a possibilidade de construir juntos boas políticas públicas para aproximadamente 40% do país. Nesses estados e no Senado, temos responsabilidade de condução. Temos de deixar claro que se integrarmos a base, queremos a reciprocidade de compartilhamento de condução de políticas públicas”, conclui.

Ex-ministro nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), Kassab ainda descartou a possibilidade de voltar à Esplanada dos Ministérios. “Não [acertaria um convite para ser ministro], porque não apoiei o Lula, tive uma postura como presidente de partido de neutralidade. E estou procurando oferecer para o Brasil um bom partido, que a partir de agora deixa de ser de centro para ser um pouquinho de centro-direita. Eu me considero um bom analista, e para mim está claro que o PT precisa se voltar para o centro.”

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