“Guardiões do Crivella”: Ministério Público do Rio vai investigar caso

Prefeito também terá conduta investigada

(Foto: Reprodução/TV Globo)

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou que irá investigar as denúncias feiras por uma reportagem da TV Globo, na noite da segunda-feira 31, que mostra servidores públicos escalados para constranger cidadãos e jornalistas em hospitais do Rio.

Em nota, o MP-RJ disse que abriu nesta segunda-feira 1 o “procedimento preparatório criminal para investigar a possível prática de crimes que teriam sido cometidos pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) pela montagem e manutenção de um serviço ilegal na porta dos hospitais municipais.”

Além de associação criminosa, também será avaliada a possibilidade de desvio de função do prefeito, que, segundo a reportagem, estava ciente do esquema e até incentivava que os servidores agissem de tal forma.

O caso está com a Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos.

Entenda o esquema dos “guardiões do Crivella”

A reportagem mostrou que funcionários públicos do Rio, coordenados por um assessor próximo de Crivella, são distribuídos ao longo da cidade para cumprirem seus expedientes atrapalhando o trabalho da imprensa.


Gritos de “Globo lixo!” no meio de entradas ao vivo ou interrupções de entrevistados pela emissora eram prática dos servidores.

Entre os participantes do grupo identificados pela matéria, estão José Robério Vicente Adeliano, admitido na Prefeitura em novembro de 2018 e recebedor de 3.229 reais; e Ricardo Barbosa de Miranda, também contratado em 2018. Seu salário é de 3.422 reais.

O cargo mais alto do esquema, no entanto, é o de Marcos Paulo de Oliveira Luciano, que recebe 10,5 mil reais de salário da Prefeitura.

Marcos Luciano é próximo de Marcelo Crivella desde antes das eleições, apurou a Globo.

A Prefeitura do Rio não negou a existência do esquema. Em nota, afirmou que “reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais no sentido de melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública”, diz o posicionamento.

“A Prefeitura destaca que uma falsa informação pode levar pessoas necessitadas a não buscarem o tratamento onde ele é oferecido, causando riscos à saúde”, encerram.

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