Política

Grupo Jovem Pan encerra contrato com a JP Itapetininga após admissão de financiamento do 8 de Janeiro

Segundo a cúpula do grupo, a atitude ‘expõe a marca da Jovem Pan e viola cláusulas contratuais’

Milton Junior durante programa da Jovem Pan Itapetininga. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O Grupo Jovem Pan anunciou na noite desta quinta-feira 20 ter encerrado o contrato com a Jovem Pan Itapetininga, na região sudoeste do estado de São Paulo.

Nas últimas horas, ganhou força nas redes sociais um trecho do programa Manhã da Pan desta quinta, no qual Milton Junior – que se apresenta como diretor e CEO da rádio – admite ter financiado a viagem de bolsonaristas a Brasília para o 8 de Janeiro.

No vídeo, ele se dirige à deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP), que havia concedido uma entrevista a outra emissora sobre as razões pelas quais não apoiou a criação de uma CPMI dos atos golpistas.

“Eu contribuí, deputada. Entrego o recibo para a senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço. Se eu tiver que ser preso porque ajudei alguns patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum”, diz Junior no vídeo. “A gente tem que assumir os compromissos que a gente faz. Não tenho medo da Justiça. Eu contribuí, deputada. Se a senhora quiser, eu mando no seu WhatsApp os recibos de Pix. Está lá com o meu CPF.”

À noite, o Grupo Jovem Pan anunciou o encerramento do contrato com a rádio de Itapetininga. “A referida emissora exibiu conteúdo em sua programação e nas plataformas digitais que expõe a marca da Jovem Pan e viola cláusulas contratuais que têm como objetivo a preservação da marca e a reputação da Jovem Pan enquanto empresa de comunicação”, diz o texto.

Segundo o grupo, as emissoras afiliadas são responsáveis pelo conteúdo regional, mas a programação deve “refletir os princípios e valores que o Grupo Jovem Pan defende há 80 anos”.

“Quando essa postura não é observada, gerando prejuízo para a Jovem Pan enquanto instituição, nos obrigamos a adotar as medidas legais cabíveis com o rigor necessário.”

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