O governo mineiro chefiado por Romeu Zema (Novo) abriu uma série de processos administrativos para apurar a contratação de empreiteiras para a construção da Cidade Administrativa, sede do Poder Executivo do estado.
Os procedimentos visam investigar supostas fraudes em licitações durante a gestão do tucano Aécio Neves (PSDB). As obras foram finalizadas em 2010, pouco antes do político renunciar o mandato para concorrer ao Senado.
Inicialmente orçada em 1,2 bilhão de reais, o custo final da construção da nova sede administrativa foi de 2 bilhões de reais.
Entre as empresas investigadas estão apenas aquelas que não admitiram terem cometido irregularidade à época das concorrências públicas relacionadas as obras. Entre elas, Queiróz Galvão, Mendes Júnior, Camargo Corrêa, Barbosa Mello, Via Engenharia e Santa Bárbara Engenharia.
As três outras empreiteiras que assumiram irregularidades, Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez não foram acionadas, por haverem firmarem acordo de leniência com a Justiça.
À época, Aécio foi denunciado após ser alvo de delação da Odebrecht, mas o caso foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou que a empresa não apresentou provas válidas do envolvimento do político nas irregularidades.
As apurações abertas agora tem o prazo de 180 dias para concluírem os trabalhos, a partir da publicação da portaria que deu início aos procedimentos, de 10 de outubro.
Caso sejam constatadas irregularidades, as empresas podem ser impedidas de contratar com a administração pública por até dois anos.
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