Política

Governo vacila nas negociações e 51 universidades estão em greve

O caso da Unifesp de Guarulhos parece emblemático da situação que vive instituições federais no País

Governo vacila nas negociações e 51 universidades estão em greve
Governo vacila nas negociações e 51 universidades estão em greve
Apoie Siga-nos no

O caso da Unifesp de Guarulhos parece emblemático da situação das 51 universidades federais em greve no País. Foi preciso que os alunos invadissem o prédio da diretoria acadêmica para que a Justiça, ao determinar a reintegração de posse, obtivesse o compromisso da direção de atender às demandas. O campus não tem condições adequadas de funcionamento: as salas são abafadas, o refeitório funciona num galpão de madeira e não há espaço para os livros.

Enquanto isso, os professores seguem em greve Brasil afora – a categoria pede a revisão do plano de carreira e reajuste salarial. A greve, que já dura três semanas em algumas universidades, passou a ser alvo da campanha eleitoral em São Paulo. O PSDB acusa Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação e candidato à prefeitura de São Paulo, de ser o responsável pelo sucateamento do ensino superior (universidades têm sido inauguradas sem estrutura suficiente, como em Rondônia). O PT acusa a oposição de oportunismo e critica a precariedade da educação paulista. Uma assembleia de servidores federais aprovou uma greve geral para 11 de junho. O impasse deve continuar: o governo diz que só negociará demandas pontuais.

O caso da Unifesp de Guarulhos parece emblemático da situação das 51 universidades federais em greve no País. Foi preciso que os alunos invadissem o prédio da diretoria acadêmica para que a Justiça, ao determinar a reintegração de posse, obtivesse o compromisso da direção de atender às demandas. O campus não tem condições adequadas de funcionamento: as salas são abafadas, o refeitório funciona num galpão de madeira e não há espaço para os livros.

Enquanto isso, os professores seguem em greve Brasil afora – a categoria pede a revisão do plano de carreira e reajuste salarial. A greve, que já dura três semanas em algumas universidades, passou a ser alvo da campanha eleitoral em São Paulo. O PSDB acusa Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação e candidato à prefeitura de São Paulo, de ser o responsável pelo sucateamento do ensino superior (universidades têm sido inauguradas sem estrutura suficiente, como em Rondônia). O PT acusa a oposição de oportunismo e critica a precariedade da educação paulista. Uma assembleia de servidores federais aprovou uma greve geral para 11 de junho. O impasse deve continuar: o governo diz que só negociará demandas pontuais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo