Política
Governo marcará reunião com representantes do WhatsApp, diz Bolsonaro
Reunião seria para tratar do acordo do aplicativo com o TSE para adiar implementação de novas funcionalidades
O presidente Jair Bolsonaro disse à CNN, nesta sábado 16, que o governo deverá marcar uma reunião com representantes do WhatsApp para discutir o acordo firmado entre o aplicativo de mensagens e o TSE.
Como prioridade das ações visando a segurança eleitoral, a Corte eleitoral e o aplicativo determinaram que as novas funcionalidades da rede, como a possibilidade de criação de comunidade com milhares de usuários, só deverão entrar em vigor no País após o período eleitoral.
“Já conversei com o Fábio Faria [ministro das Comunicações], vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar” o acordo.
“Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, afirmou o presidente.
O presidente havia afirmado, nesta sexta-feira 15, que o acordo seria “inaceitável” e “inadmissível”.
“Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, [por que] apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições? ‘Ah, depois das eleições não vai ter mais fake news?’”, disse Bolsonaro.
Para o presidente, o acordo firmado pela Corte eleitoral feriria a liberdade de expressão. “Não vai ser um acordo com o TSE que o WhatsApp vai fazer e vai impor a toda a população brasileira. No Brasil, ou o produto está aberto para todo mundo ou tem restrição para todo mundo”, referindo-se ao aplicativo de mensagens.
As conversas entre o TSE e o chefe do WhatsApp, Will Cathcaart começaram em janeiro deste ano e pretendem traçar estratégias para combater a disseminação de notícias falsas durante o período eleitoral.
Nas eleições de 2020, a Corte e o aplicativo já haviam firmado outro acordo para evitar o disparo em massa de mensagens. Tais medidas, não impedem o funcionamento da rede no País.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.