Política
Governo Lula marca nova reunião nesta quinta para discutir o preço dos alimentos
O encontro será coordenado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin


O governo do presidente Lula (PT) marcou para esta quinta-feira 6 uma nova reunião para discutir a alta no preço dos alimentos. O encontro será coordenado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
Além de Alckmin, a reunião contará com a participação dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e representantes do Ministério da Fazenda.
Em janeiro, Lula já tinha realizado uma reunião com ministros para debater o tema. O combate na alta do preço dos alimentos é um tema prioritário na busca por elevar os índices de aprovação da atual gestão.
Os preços do grupo de Alimentação e Bebidas foram responsáveis por mais de um terço da alta na inflação de 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O IPCA marcou 4,83% de janeiro a dezembro e o impacto dos preços de alimentos foi de 1,63 ponto percentual. Esse grupo avançou 7,69%, puxado especialmente pela alta em alimentação no domicílio (8,23%).
Entre as medidas que estão sendo ventiladas para conter a alta estão estímulos à produção agrícola e a possibilidade de reduzir o imposto de importação de alimentos que custarem mais caro no Brasil do que no exterior.
Apesar da preocupação do governo, a expectativa para este ano é positiva, com a possibilidade de uma safra recorde e a queda do dólar. De acordo com o terceiro Prognóstico para a Produção Agrícola, divulgado pelo IBGE em 14 de janeiro, a safra deve ser de 322,6 milhões de toneladas — 29,9 milhões a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 10,2%.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Inflação dos alimentos desacelera, mas café e frango seguem em alta
Por Adalberto Viviani
Lula promete reunião com atacadistas para tentar reduzir preços dos alimentos
Por CartaCapital