O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a reincorporação do Brasil à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a Celac, bloco de 33 países criado em 2010 para discutir temas como educação, desenvolvimento social, infraestrutura e cultura.
O Brasil havia deixado o grupo em 2020, por decisão do então presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, o ex-capitão disse que a Celac “dá palco para regimes não-democráticos”.
Em nota, nesta quinta-feira 5, o Ministério das Relações Exteriores declarou que já fez o comunicado de incorporação aos membros da Celac. Segundo a pasta, a volta do Brasil ocorre “de forma plena e imediata a todas as instâncias do mecanismo, tanto as de caráter político como as de natureza técnica”.
Lula deve participar da VII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Celac em 24 de janeiro, em Buenos Aires, na Argentina, a convite do presidente Alberto Fernández.
“O retorno do Brasil à comunidade latino-americana de Estados é um passo indispensável para a recomposição do nosso patrimônio diplomático e para a plena reinserção do País ao convívio internacional“, diz o ministério.
A decisão do novo governo brasileiro é um dos primeiros passos do projeto de reintegração do Brasil aos organismos multilaterais do continente, conforme prometido durante a campanha eleitoral.
A expectativa é de que Lula também promova a revitalização da Unasul, bloco extinto com a colaboração de Bolsonaro. Também estão em debate o fortalecimento do Mercosul – com a possibilidade de ajuda para a Bolívia se integrar ao bloco – e a formalização de uma moeda comum.
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