Governo Lula anuncia a 1ª reunião de grupo sobre violência nas escolas

O colegiado, coordenado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, contará com o apoio de pastas como Justiça e Saúde

O ministro da Educação, Camilo Santana. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O governo Lula (PT) promoverá nesta quinta-feira 6 a primeira reunião do grupo interministerial dedicado a definir ações de enfrentamento à violência nas escolas. O colegiado, que funcionará por 90 dias, será coordenado pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

Santana afirmou nesta quarta que o decreto ministerial será assinado ainda hoje por Lula e que o texto já vinha sendo elaborado desde o ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo. Nesta manhã, um atentado em uma creche em Blumenau (SC) deixou quatro crianças mortas e outras feridas.

Ainda de acordo com o ministro, o decreto prevê a atuação de outras pastas, como Saúde, Comunicação, Cultura, Esporte e Justiça. O envolvimento posterior do Congresso Nacional também é esperado.

“A Saúde pela questão da saúde mental, pela importância do acompanhamento psicológico nas escolas e o Ministério das Comunicações porque hoje há um problema seriíssimo, que são as redes sociais, a chamada deep web, a dark web, que movimentam jovens e pessoas no mundo inteiro”, disse Santana. “Esse problema precisa ser enfrentado por todos os países do mundo, porque essa violência é reflexo da sociedade.”

“Tudo isso é fruto do estímulo à violência, às armas, à intolerância. Então, é um processo que precisa unir a sociedade inteira”, acrescentou. Segundo ele, o grupo ouvirá secretários de Educação, prefeitos e especialistas para executar políticas de prevenção e ações concretas contra casos de violência nas escolas. A formatação de uma política nacional não foi descartada.

Em apoio ao grupo, o Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino, anunciou o repasse de 150 milhões de reais para apoiar estados e municípios com a ronda escolar no entorno das escolas públicas. O ministro também anunciou a criação de um grupo de monitoramento emergencial de ameaças publicadas na internet, composto por 50 policiais.


“O que estamos vendo no País, neste momento, é ideia de pânico, são ameaças em relação a outras escolas, universidades. Estamos, a partir de amanhã, com 50 policiais que vão se dedicar nos próximos dias exclusivamente ao monitoramento das ameaças na internet.”

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