Política

Governo formaliza pedido de desculpas do Brasil por escravização de pessoas negras

Manifestação apresentada em evento com as ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo

Governo formaliza pedido de desculpas do Brasil por escravização de pessoas negras
Governo formaliza pedido de desculpas do Brasil por escravização de pessoas negras
Escravidão retratada em pintura de Jean-Baptiste Debret – Imagem: reprodução
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O Governo Federal apresentou nesta quinta-feira 21 um pedido público de desculpas em nome do Estado brasileiro à população negra pela escravização e seus efeitos. Com a iniciativa, o País reconhece a necessidade de novos esforços para combater a discriminação racial.

“A União manifesta publicamente o pedido de desculpas pela escravização das pessoas negras, bem como de seus efeitos. Reconhece que é necessário envidar esforços para combater a discriminação racial e promover a emancipação das pessoas negras brasileiras. Por fim, compromete-se a potencializar o foco de criação de políticas públicas com essa finalidade”, diz o pedido, lido pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.

O pedido de desculpas acontece no contexto do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, que neste ano foi, pela primeira vez, um feriado nacional. O evento de apresentação do pedido contou com as ministras Anielle Franco (da Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).

Quando o Estado brasileiro reconhece que contribuiu para manter as terríveis estatísticas que temos hoje, estamos dando um passo fundamental para a construção de um País mais justo para todos”, destacou Anielle.

Macaé Evaristo, por sua vez, destacou a luta da população negra por liberdade e direitos desde a abolição formal, em 1888. “Essa memória de mais de 300 anos de escravatura não acaba no 13 de maio [de 1888], porque o 14 de maio começa com o total abandono da população negra no País. Ainda hoje a gente tem um Estado impregnado pelo patrimonialismo, pelo racismo e pelo colonialismo”, pontuou.

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