O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou na noite de quarta-feira 14 que o governo federal não liberou dinheiro para a compra da vacina chinesa em São Paulo e apenas investirá no imunizante desenvolvido pela universidade de Oxford.
A CoronaVac é desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), um dos principais adversários de Bolsonaro, conseguiu firmar uma parceria com o Instituto Butantan para também produzir a vacina.
A gestão do tucano tenta negociar para que a CoronaVac receba verba federal para ser distribuída pelo SUS, caso seja comprovada a eficácia na terceira fase de testes.
Em entrevista ao G1, o secretário disse que a compra de doses adicionais, além das 61 milhões já garantidas pelo governo estadual, será “inviável” sem esses recursos.
“Por que que uma vacina como a CoronaVac, que está no mesmo pé da de Oxford, aliás está até mais adiantada, está recebendo uma tratativa diferente? Esse foi um questionamento que a gente acabou fazendo e todos os secretários entenderam. Se eu tenho vacinas que estão no mesmo estágio de discussão, por que a de Oxford recebe uma medida provisória com R$ 1,9 bilhão? A gente nem está pedindo esse valor, mas a gente quer um aceno do ministério na aquisição também das vacinas. Isso é algo democrático”, disse o secretário.
Em reunião virtual realizada na tarde de quarta, o Ministério da Saúde apresentou um cronograma de vacinação da população contra o coronavírus para 2021.
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