Governo exonera presidente do Banco do Nordeste 24 horas após posse

Jornal O Estado de S. Paulo revelou que Cabral é alvo de apuração do Tribunal de Contas da União (TCU)

Alexandre Cabral havia sido indicado pelo Centrão para o Banco do Nordeste. Foto: BNB

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O governo do presidente Jair Bolsonaro havia acatado a indicação do Centrão e colocado Alexandre Borges Cabral na presidência do Banco do Nortes. Mas a gestão durou somente 24 horas. Nesta quarta-feira 3, Cabral foi exonerado após uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelar que ele é suspeito de irregularidades na Casa da Moeda.

Segundo o veículo, Cabral é um dos alvos de uma apuração do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre suspeitas de contratações irregulares durante a gestão dele na Casa da Moeda, em 2018. Estima-se um prejuízo em pelo menos 2,2 bilhões de reais. Na terça-feira 2, ele havia tomado posse na cidade de Fortaleza, no Ceará.

O governo federal tem cedido cargos estratégicos ao Centrão, em troca de apoio. Bolsonaro criticava alianças com o Congresso Nacional, no entanto, o presidente é alvo de uma série de pedidos de impeachment que podem passar a tramitar entre os parlamentares, em caso de autorização pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

De acordo com uma pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na última semana, 67% dos brasileiros rejeitam a aproximação de Bolsonaro com o Centrão. Para entrevistados, o presidente “age mal” com a reiteração da “velha política”, atacada por ele mesmo quando era candidato em 2018.

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