Política

Governo começa operação para retirar garimpeiros da Terra Indígena Munduruku

A ação envolverá 20 órgãos federais para remover invasores no território dos povos Munduruku, Isolados do Alto Tapajós e Apiaká

Governo começa operação para retirar garimpeiros da Terra Indígena Munduruku
Governo começa operação para retirar garimpeiros da Terra Indígena Munduruku
(Foto: Christian Braga/Greenpeace)
Apoie Siga-nos no

O governo federal dará início, neste sábado 9, a uma operação de desintrusão na Terra Indígena Munduruku, localizada nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, no Pará.

O objetivo é retirar garimpeiros que realizam extração ilegal de ouro, garantindo a preservação do território exclusivo para os cerca de 9.257 indígenas dos povos Munduruku, Isolados do Alto Tapajós e Apiaká.

Demarcada em 2004, a TI Munduruku é uma das mais impactadas pelo garimpo ilegal no Brasil, sofrendo com desmatamento, contaminação dos rios por mercúrio e destruição ambiental, o que compromete a saúde e a segurança das comunidades indígenas.

A área foi priorizada para desintrusão por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Coordenada pela Casa Civil, a operação mobilizará cerca de 20 instituições federais, incluindo os ministérios da Justiça, Meio Ambiente, Funai, Ibama, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e o Censipam.

A ação reflete um esforço conjunto para proteger tanto os direitos indígenas quanto as riquezas naturais da região, como fauna, flora e cursos d’água, essenciais para a cultura e a subsistência desses povos.

Além da retirada de invasores, o governo pretende assegurar que o território permaneça livre de atividades ilegais, promovendo a preservação dos costumes, línguas e tradições das comunidades indígenas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo