Governo Bolsonaro tem média de uma denúncia de assédio moral por dia

Servidores federais relatam perseguição ideológica e constrangimentos

Presidente Jair Bolsonaro. Foto: PR

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O governo do presidente Jair Bolsonaro registrou, em média, um caso de assédio moral por dia desde que o capitão assumiu em 2019. Segundo levantamento feito pela Folha de S. Paulo em dados da CGU (Controladoria-Geral da União) até o momento foram registrados 680 denúncias feitas por servidores federais.

Lideram a lista os ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Educação, Saúde e Economia, além de Polícia Federal e a própria CGU. Instituições de ensino também aparecem na lista, como a Universidade Federal de Goiás, no topo do ranking.

 

Os dados mostram que houve um aumento significado em comparação com a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB). Este aumento foi de 20% em relação aos 356 casos registrados em 2018 e de 49% ante os 285 em 2017.

De acordo com a CGU, parte do aumento de manifestações está relacionada ao crescimento de usuários da plataforma chamada de Fala.br.

Perseguição ideológica

A Folha de S. Paulo ouviu relatos de perseguição de servidores por causa de ideologia. Termos como “esquerda”, “petista” e “Lula livre” já foram usados por superiores hierárquicos para questionar o posicionamento político de funcionários públicos.


Outros problemas relatados são supostas ameaças constantes de exoneração e abertura de processos administrativos. Entidades de representação afirmaram que há servidores federais que têm tirado licença não remunerada para evitar passar por constrangimentos.

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