Se depender dos cálculos do Ministério da Economia, o salário mínimo não terá aumento real no ano que vem. A pasta chefiada por Paulo Guedes apresentou nesta segunda-feira 15 as Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2020.
A LDO estabelece as metas e prioridades do governo para o ano seguinte. Sob esses cálculos, o salário mínimo ficará em 1.040 reais, sem aumento acima da inflação prevista para os próximos doze meses pelo INPC — em janeiro deste ano, Bolsonaro fixou o piso em 998 reais. O texto seguirá para aprovação do Congresso.
O orçamento previsto para o próximo ano é de 296 bilhões de reais, e a meta fiscal prevista é um resultado negativo de 124,1 bilhões. Inicialmente, o governo previa um rombo menor, de quase 90 bilhões.
O governo também prevê que o PIB cresça 2,7%, já levando em conta a aprovação da reforma da Previdência. Argumentam que as projeções estão de acordo com os cálculos do mercado. “O ministério coloca sinais de ampla consistência na busca de uma liberal-democracia, com respeito a contratos, incentivo ao setor privado”, justificou o secretário especial da Fazenda Waldery Rodrigues.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login