O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi demitido da função de comando nesta terça-feira 20. A informação de dispensa já consta no Diário Oficial da União e foi assinada por Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL).
Vasques, vale lembrar, é aliado de primeira ordem de Bolsonaro e chegou a pedir votos para o ex-capitão no dia da eleição. A atitude gerou, inclusive, pedidos de investigação contra ele e fez com que ele se tornasse réu por improbidade administrativa.
Naquele mesmo segundo turno, Vasques também foi o responsável por liderar uma série de blitzes da PRF que interceptou eleitores mais propensos a votar em Lula (PT). A ação também foi classificada como uma forma de beneficiar Bolsonaro e, assim como no primeiro caso, fez com que o agente entrasse na mira da Justiça.
O policial também entrou no centro do debate público ao não desfazer, de forma imediata como mandava a Justiça, os bloqueios bolsonaristas nas estradas após a derrota do ex-capitão para Lula. A demora para cumprir a ordem ampliou as suspeitas de prevaricação e omissão que já pesavam contra ele.
Carreira
Vasques foi nomeado diretor-geral da PRF quando Anderson Torres assumiu o cargo de ministro da Justiça, em abril de 2021. Ele substituiu Eduardo Aggio de Sá como chefe da instituição.
Antes de ser diretor-geral da PRF, ele era superintendente da instituição no Rio de Janeiro. Vasques faz parte dos quadros da instituição desde 1995.
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