Política

Governo Bolsonaro demite Silvinei Vasques do comando da PRF

Dispensa do policial bolsonarista do cargo de diretor-geral da PRF foi publicada no Diário Oficial nesta terça-feira

Governo Bolsonaro demite Silvinei Vasques do comando da PRF
Governo Bolsonaro demite Silvinei Vasques do comando da PRF
O ex-diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques (Foto: EBC)
Apoie Siga-nos no

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi demitido da função de comando nesta terça-feira 20. A informação de dispensa já consta no Diário Oficial da União e foi assinada por Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL).

Vasques, vale lembrar, é aliado de primeira ordem de Bolsonaro e chegou a pedir votos para o ex-capitão no dia da eleição. A atitude gerou, inclusive, pedidos de investigação contra ele e fez com que ele se tornasse réu por improbidade administrativa.

Naquele mesmo segundo turno, Vasques também foi o responsável por liderar uma série de blitzes da PRF que interceptou eleitores mais propensos a votar em Lula (PT). A ação também foi classificada como uma forma de beneficiar Bolsonaro e, assim como no primeiro caso, fez com que o agente entrasse na mira da Justiça.

O policial também entrou no centro do debate público ao não desfazer, de forma imediata como mandava a Justiça, os bloqueios bolsonaristas nas estradas após a derrota do ex-capitão para Lula. A demora para cumprir a ordem ampliou as suspeitas de prevaricação e omissão que já pesavam contra ele.

Carreira

Vasques foi nomeado diretor-geral da PRF quando Anderson Torres assumiu o cargo de ministro da Justiça, em abril de 2021. Ele substituiu Eduardo Aggio de Sá como chefe da instituição.

Antes de ser diretor-geral da PRF, ele era superintendente da instituição no Rio de Janeiro. Vasques faz parte dos quadros da instituição desde 1995.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo