Política

Governo abre 522 vagas temporárias para o Exército

Algumas vagas, em editais passados, tinham remunerações de até 10 mil reais. Governo federal discute congelamento de salário de servidores

O ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva. Foto: Marcos Corrêa/PR
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O Ministério da Defesa autorizou a abertura de 522 vagas temporárias para técnicos, engenheiros e outros profissionais em obras de infraestrutura por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira 08.

Segundo o informado no documento, as vagas, que são de regime temporário, servirão ao Departamento de Engenharia e Construção e no Departamento de Ciência e Tecnologia “para atividades relacionadas a projetos e obras de engenharia de construção, obras públicas de infraestrutura, atividades de mapeamento cartográfico terrestre, ações de logística e implantação de projetos estratégicos no âmbito do Comando do Exército.”, informou a portaria, que foi assinada pelo ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva e pelo secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Spencer Uebel.

A remuneração dos servidores, segundo a portaria, não será de patamar superior que consta para cargos semelhantes aos desejados pelo Exército. Entre eles, está a previsão de contratar 100 técnicos em “nível médio”, 70 agentes de serviço de engenharia, 60 engenheiros, 30 arquitetos e outros. Segundo as regras apontadas pela publicação, a contratação dos profissionais poderá durar até dois anos.

De acordo com um edital publicado em setembro de 2019 para a contratação de civis em obras nos departamentos do Exército, cargos como o de engenheiro civil tinham salários variados entre R$ 6.795 e R$ 10.048, a depender da qualificação do candidato. A função de analista ambiental, para qual o presente edital prevê 15 contratações, tinha salário em torno de R$ 8.027.

Todas as despesas serão associadas ao Ministério da Defesa, diz o texto, seguindo as correntes leis orçamentárias vigentes para 2020 e aprovadas para os próximos anos – orçamentos que devem sofrer forte impacto da pandemia de coronavírus, que promete instaurar no mundo uma recessão histórica. O governo federal vem sinalizando constantemente que os servidores públicos serão afetados devido à crise.

“Vai faltar dinheiro para pagar servidor público. E ainda tem servidor, alguns, achando que tem a possibilidade de ter aumento este ano ou ano que vem. Não tem cabimento, não tem dinheiro.”, disse Jair Bolsonaro em uma de suas entrevistas na porta do Palácio do Alvorada.

O presidente critica governadores e prefeitos pelas medidas de isolamento social, que prevem o fechamento de comércio e serviços não-essenciais, devido a impactos na economia durante a pandemia. Atualmente, o Brasil registra mais de 36 mil mortes por covid-19 e quase 700 mil casos confirmados.

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