Política

Governador da Bahia pede investigação sobre operação da PM que deixou 12 mortos

Segundo a polícia, os mortos eram suspeitos de integrar uma facção criminosa no bairro de Fazenda Coutos, no subúrbio de Salvador

Governador da Bahia pede investigação sobre operação da PM que deixou 12 mortos
Governador da Bahia pede investigação sobre operação da PM que deixou 12 mortos
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Foto: Matheus Landim/GOVBA
Apoie Siga-nos no

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), pediu para a Polícia Civil investigar um “possível exagero” da Polícia Militar na operação que terminou com 12 suspeitos de integrar uma facção criminosa mortos, em Fazenda Coutos, no subúrbio de Salvador, na terça-feira 4.

“Nós pedimos que todo o estudo seja feito para averiguar se houve algum exagero pela polícia”, disse Rodrigues. “O estudo está acontecendo para a gente poder averiguar se há algum exagero”, completou. A afirmação foi feita em transmissão sobre o balanço do Carnaval na Bahia, na noite desta quarta-feira 5.

A operação policial que resultou em 12 mortos ocorreu após relatos de uma invasão promovida por um grupo armado de uma organização criminosa na região de Fazenda Coutos.

“Essa comunidade tinha sido violentada e, por muito tempo, durante dois dias a comunidade estava se queixando com a polícia, mandando pedidos de presença. E a inteligência detectou através de câmeras a disputa de duas facções. Uma delas, se colocando como vencedora, ganhou espaço e queria mandar, proibindo as pessoas de circularem, e de imediato a Polícia Militar estudou a área, mas eles enfrentaram a polícia e, por conta disso, 12 tombaram”, afirmou o governador.

Após o caso, o Ministério Público da Bahia instaurou procedimento para investigar a atuação da Polícia Militar. O procedimento ficou a cargo dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp).

Na quarta-feira, o MP se reuniu com as Secretarias de Segurança Pública (SSP) e de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), e com o comando das polícias Militar e Civil para discutir encaminhamentos quanto às investigações sobre a intervenção policial.

“Estamos em interlocução direta com as autoridades policiais e forças de segurança, acompanhando todos os passos da investigação, com o Gaeco e o Geosp, no levantamento das informações, principalmente das perícias, para que todas as circunstâncias sejam apuradas com a devida transparência”, disse o procurador Geral de Justiça e chefe do MP da Bahia, Pedro Maia.

(Com informações da Agência Brasil).

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo