Política
Golpismo/ Bagres, tubarões e carpas
As últimas do bolsonarismo tresloucado, na Justiça e nas colunas de fofoca
A Polícia Federal continua a avançar nas investigações dos atos terroristas de 8 de janeiro. Na terça-feira 7, foram presos quatro oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal acusados de participação ou omissão durante a invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília. As duas personagens mais fulgurantes e emblemáticas da lista são o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional, cuja função era impedir a baderna, e o major Flávio Silvestre de Alencar, flagrado em vídeo em confraternização com depredadores do prédio do Supremo Tribunal Federal. Os novos detalhes da apuração permitem dizer que Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PM do Distrito Federal, preso no calor dos acontecimentos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, foi ludibriado pelos subordinados.
Moraes revogou a prisão de Vieira e agora se debruça sobre a última e patética tramoia golpista de Jair Bolsonaro e comparsas. O ministro ordenou a abertura de inquérito contra o senador Marcos do Val, de currículo tão fraudulento quanto as revelações contraditórias que fizeram a alegria do noticiário político e dos programas de humor. Do Val, para quem não se lembra, afirmou ter sido coagido pelo ex-capitão a participar de uma operação para gravar Moraes, arrancar-lhe uma confissão de parcialidade e conseguir um pretexto para anular as eleições. Desde então, o senador recontou a história de vários modos diferentes. Outros integrantes da central de “inteligência” golpista eram o deputado Daniel Silveira, remetido novamente à cadeia por descumprir ordens judiciais, o hacker Walter Delgatti, da Vaza Jato, e integrantes do Gabinete de Segurança Institucional. É o mais ridículo plano de que se tem notícia em muitas décadas.
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