Golpe contra Dilma foi uma aberração jurídica que iniciou escalada fascista, diz Grupo de Puebla

O manifesto tem assinaturas de ex-presidentes e outros líderes internacionais

A ex-presidenta Dilma Rousseff. Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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O Grupo de Puebla, organização fundada em 2019 que reúne líderes internacionais de esquerda, emitiu uma declaração em que classifica o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) como um golpe responsável pela ascensão da extrema-direita nos últimos anos.

O texto, publicado na quinta-feira 2, tem 28 signatários. Entre eles, estão: Alberto Fernández, presidente da Argentina; Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai; Rafael Correa, ex-presidente do Equador; Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia; José Luiz Zapatero, ex-presidente da Espanha; e Manuel Torrijos, ex-presidente do Panamá.

No manifesto, o grupo chama o processo de impedimento de “aberração jurídica” e diz que ele foi o “início de uma escalada fascista contra a democracia e as instituições democráticas brasileiras”.

Segundo os representantes políticos, os efeitos da deposição de Dilma Rousseff estão relacionados aos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando terroristas de extrema-direita depredaram os prédios dos Três Poderes por serem contrários ao resultado eleitoral.

“A aceitação dessa aberração democrática lançou as bases para o surgimento de discursos fascistas que, com ações violentas e desestabilizadoras, negam a democracia e as instituições que a sustentam”, diz o texto.


 

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