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Gleisi rebate críticas ao governo por ação contra Israel: ‘Condenam Lula por defender a humanidade’

A presidente nacional do PT defendeu o chefe do Executivo por endossar representação da África do Sul na Corte de Haia

Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu críticas disseminadas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter apoiado uma ação da África do Sul na Corte de Haia contra Israel.

Em postagem neste sábado 13, Gleisi se queixou de acusações sobre Lula de “intempestivo, parcial, desequilibrado e antissemita” e apontou falta de análise sobre o que chamou de “a tragédia do povo palestino”.

A petista disse ter lido editoriais “uníssonos” da imprensa brasileira que “se apressam a condenar o presidente Lula pelo apoio à iniciativa” e demonstram “defesa do governo de extrema-direita de Netanyahu”.

“Os jornalões mostram que têm lado nesta guerra de extermínio. O lado do mais forte. E condenam Lula por defender a humanidade contra a barbárie”, escreveu a presidente do PT, que também é deputada.

Um dos editoriais mencionados pela petista foi publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, na sexta-feira 12.

No texto, o veículo opina que o Brasil “erra ao deixar equidistância no Oriente Médio” e faz ressalvas ao uso do termo “genocídio”, mas também diz que a reação de Israel ao Hamas “merece críticas” e que “a condução da fase da política, que inevitavelmente sucederá a da guerra, será melhor sem Netanyahu”.

Já o jornal O Globo disse que “endosso de Lula é agressão injusta a Israel” e que “viola a tradição de equilíbrio da diplomacia brasileira”. Segundo o veículo, “Israel não deve estar imune às consequências jurídicas da campanha contra o Hamas”, mas nega o termo “genocídio”. O texto do jornal carioca não cita Netanyahu.

No editorial do jornal O Estado de S. Paulo, diz-se que a decisão do governo foi “infeliz”.

Para o veículo, “o Brasil só tem a perder se imiscuindo dessa forma lamentável numa questão muitíssimo complexa”. Segundo o texto, faltam “bases fáticas” para a acusação de “genocídio”, embora chame o governo Netanyahu de “coalizão mais extremista” da história Israel.

A Corte Internacional de Justiça em Haia, na Holanda, iniciou na última quinta-feira 11 o julgamento do recurso de emergência impetrado pela África do Sul. O país acusa Israel de infringir a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, assinada em 1948, após o Holocausto.

A África do Sul pede a suspensão imediata das operações de Israel em Gaza, a garantia de nenhuma ação militar executada por unidade armada irregular apoiada pelo país, entre outras medidas de proteção aos palestinos. Em nota, o Itamaraty informou que Lula apoia a iniciativa “à luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário”.

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