Política

Gleisi reage após EUA sugerir uso de força militar contra o Brasil: ‘inadmissível’

Na avaliação da ministra, o governo Trump ameaça invadir o Brasil para livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da cadeia

Gleisi reage após EUA sugerir uso de força militar contra o Brasil: ‘inadmissível’
Gleisi reage após EUA sugerir uso de força militar contra o Brasil: ‘inadmissível’
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Foto: Gil Ferreira/SRI-PR
Apoie Siga-nos no

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu nesta terça-feira 9 a fala da porta-voz da Casa Branca sugerindo o uso de “poder militar” para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”. Na avaliação de Gleisi, a declaração é inadmissível.

“Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Isso é totalmente inadmissível“, disse. Para a ministra, o governo de Donald Trump está defendendo a “liberdade de mentir, de coagir a Justiça e de tramar golpe de estado”.

Mais cedo, Karoline Leavitt foi questionada em uma entrevista coletiva sobre a possibilidade de antecipar novas punições ao Brasil ou a países europeus por supostos atos de censura.

“Liberdade de expressão é o tema mais importante de nosso tempo”, disse a porta-voz. “É por isso que tomamos ações significativas em relação ao Brasil, na forma de sanções e utilizando tarifas, para garantir que países ao redor do mundo não punam seus cidadãos dessa forma”.

Ela declarou não ter qualquer ação adicional a antecipar. “Mas posso dizer que esta é uma prioridade para o governo, e o presidente não tem medo de usar o poder econômico e o poder militar dos Estados Unidos para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.”

As falas no mesmo dia em que os ministros do Supremo Tribunal Federal começaram a proferir seus votos na ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — aliado de Trump.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo