Política

Gleisi diz que não é o momento de debater a sucessão de Lula, após declaração de Haddad

O ministro da Fazenda afirmou que ‘deveria haver uma certa preocupação com isso’, em referência à saída de Lula das disputas eleitorais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, em reunião do ministro com a bancada do partido — Foto: Edu Andrade/Ascom/MF
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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse considerar “extemporânea” a discussão sobre a sucessão de Lula (PT) e ponderou que o partido precisa “entregar resultados ao povo brasileiro” antes de iniciar os debates sobre o tema.

“Nós precisamos fazer com que tudo dê certo, porque é isso que vai garantir a sucessão, inclusive a reeleição de Lula na próxima eleição”, declarou Gleisi, nesta terça-feira 2, ao jornal O Globo. “Temos que entregar resultados ao povo brasileiro. Foi para isso que a gente elegeu o presidente Lula e fizemos o enfrentamento que fizemos ao longo desse tempo.”

As declarações acontecem após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmar que o nome de Lula é consenso no PT para 2026. Em entrevista a Globo, ele também defendeu que a legenda abra discussões sobre o “day after” da disputa, visando a preparar um nome para suceder o presidente em 2030.

“Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política [Lula] dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after. Eu não participo das reuniões internas sobre isso”, afirmou. “Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso.”

Até o momento, Lula não confirmou que será candidato em 2026, apesar de já ter indicado a possibilidade.

Gleisi também aproveitou para rebater comentários de Haddad sobre as críticas direcionadas por figuras do PT à sua gestão na Fazenda. Questionado, o ministro disse que o partido não pode celebrar os resultados econômicos alcançados em 2023 e, ao mesmo tempo, achar que tudo está errado.

A presidenta petista, por sua vez, disse que a legenda não acredita que “está tudo errado”, mas reafirmou a preocupação com uma “política fiscal contracionista”.

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