Política

Gilmar Mendes pauta a suspeição de Moro para esta terça no STF

Se o STF entender pela parcialidade do ex-juiz, todo o processo de Lula pode ser anulado sem a chance de aproveitar as provas da Lava Jato

O ministro Gilmar Mendes, em sessão no Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF O ministro Gilmar Mendes, em sessão no Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, vai levar ao plenário da 2ª turma da Corte a ação de suspeição contra o ex-juiz Sergio Moro. A sessão começa às 14 horas. A tendência, avalia-se nos bastidores, é de que Moro seja condenado pelo placar de 3 a 2.

A votação refere-se a um habeas corpus impetrado pela defesa de Lula. A defesa do ex-presidente acusa Moro de  parcialidade ao julgá-lo enquanto esteve na 13ª Vara da Justiça Federal, responsável pela maioria dos processos da Lava Jato.

O processo já havia sido iniciado em 2018, mas o próprio Gilmar Mendes pediu vistas, adiando a votação. Por enquanto, votaram contra a suspeição de Moro a ministra Cármen Lúcia e o o ministro Edson Fachin. Os próximos a votar são Mendes, Ricardo Lewandowski e o recém chegado Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, e que, segundo avaliação de seus pares, tende a acompanhar os dois últimos ministros nas votações.

Se a maioria entender que Moro foi parcial, todo o processo de Lula pode ser anulado sem a chance de se aproveitar as provas e os depoimentos colhidos pela Lava Jato, possibilidade deixada em aberto na decisão do ministro Fachin.

Na segunda-feira 8, Edson Fachin anulou 8 todas as condenações impostas ao ex-presidente Lula na Operação Lava Jato após declarar incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar os casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.

Com a decisão, os processos passam a ser analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que terá autonomia para decidir se mantém as condenações já impostas ou envia os casos à fase de instrução penal.

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