Política

Gilmar Mendes nega que julgamento de Collor seja precedente para Bolsonaro

O casos de Bolsonaro e de Collor tem o ministro Alexandre de Moraes como relator, entretanto, tratam de temas diferentes

Gilmar Mendes nega que julgamento de Collor seja precedente para Bolsonaro
Gilmar Mendes nega que julgamento de Collor seja precedente para Bolsonaro
O ministro do STF Gilmar Mendes. Foto: Rosinei Coutinho/STF
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O decano do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes, negou nesta segunda-feira 28 que o caso de Fernando Collor, preso na última sexta-feira 25, possa ser um sinal para os rumos do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Eu não vejo assim, eu acho que cada caso tem suas peculiaridades e suas singularidades. Não acho que devamos tirar daqui qualquer outra conclusão”, afirmou Gilmar em um evento no Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP).

O casos de Bolsonaro e de Collor tem o ministro Alexandre de Moraes como relator, entretanto, tratam de temas diferentes. Enquanto o STF tornou Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado, o alagoano foi condenado por participação em um esquema de corrupção na BR Distribuidora.

Na última quinta-feira 27, Moraes determinou que Collor deveria começar a cumprir a pena de 8 anos e 10 meses. Na sexta, a Corte havia iniciado a discussão sobre o caso de Collor, mas o Gilmar Mendes pediu destaque, o que levou o julgamento para o plenário físico.

Mesmo com o pedido de destaque, alguns ministros decidiram antecipar o voto, formando maioria pela manutenção da decisão. Após isso, o magistrado voltou atrás pelo debate no plenário físico, permitindo que a análise no plenário virtual. A sessão está prevista para encerrar nesta segunda-feira às 23h59.

O ministro disse que a maioria pela manutenção da prisão de Collor influenciou sua decisão de retirar o destaque e citou pedido da defesa do ex-presidente de prisão domiciliar. “Vamos aguardar os desdobramentos”, afirmou.

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