Política

Gestão Doria também contratou os investigada em operação contra Márcio França

A organização social seria usada, segundo a Polícia Civil, para viabilizar desvios por meio de contratos superfaturados e serviços não prestados

Doria em coletiva de imprensa do Governo de São Paulo. Foto: Divulgação/Gov. São Paulo
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Investigada pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil na Operação Raio X, cujos desdobramentos colocaram o pré-candidato ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB), sob suspeita de corrupção na Saúde, a organização social Associação Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu fechou três contratos com a Secretaria de Saúde do Estado na gestão João Doria (PSDB).

Os contratos, assinados em 2019, tiveram como objeto a terceirização da gestão do Centro de Medicina de Reabilitação Lucy Montoro, em Santos, no litoral paulista, do Ambulatório Médico de Especialidades Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, e do Polo de Atenção Intensiva em Saúde Mental da Baixada Santista.

Além disso, o governo tucano assinou, entre 2019 e 2020, termos aditivos nas contratações da OS para gerir o Ambulatório Médico de Especialidades Santos, o Hospital Geral de Carapicuíba e o Ambulatório Médico de Especialidades Sorocaba, no interior do Estado. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado.

De acordo com a investigação, a Associação Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu pertence ao médico Cleudson Garcia Montali, condenado a mais de 100 anos de prisão na Raio X. A organização social seria usada, segundo a Polícia Civil, para viabilizar desvios por meio de contratos superfaturados e serviços não prestados.

Em nota, a Secretaria de Saúde de São Paulo disse que, ao tomar conhecimento das primeiras suspeitas envolvendo a organização social, abriu investigação interna, que resultou na rescisão de todos os contratos de gestão, em 2020. A qualificação da OS para contratar com o governo estadual foi suspensa cautelarmente em novembro do ano passado.

“A referida OSS não possui nenhum contrato ou convênio com a Secretaria e, inclusive, teve sua qualificação como Organização Social de Saúde em São Paulo suspensa cautelarmente pela atual gestão”, diz o texto enviado ao blog. “A pasta é vítima e a atual gestão abriu investigação contra o responsável pela contratação das organizações sociais de saúde na gestão França. O caso ainda é acompanhado pela Controladoria Geral do Estado de São Paulo.”

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