Política

Geraldo Júlio é reeleito no Recife, mas PSB perde força nas capitais

O pessebista superou João Paulo, do PT. A legenda passa a governar duas capitais, três a menos do que em 2012

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Atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB) foi reeleito neste domingo 30. Ele obteve 61,3% dos votos válidos. Ao superar João Paulo, do PT, Júlio reforça a influência em Pernambuco do grupo político ligado ao ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente de avião em 2014. O atual governador do estado é o pessebista Paulo Câmara.

Júlio por pouco não se reelegeu já no primeiro turno: terminou com 49,3% dos votos. A segunda etapa da campanha na capital pernambucana foi marcada pela polarização entre PT e PSB, aliados no estado antes do rompimento de Campos com o governo de Dilma Rousseff. No último debate eleitoral, João Paulo, prefeito da capital pernambucana entre 2001 e 2008, listou recursos federais repassados para o município pelas administrações de Lula e Dilma, enquanto Júlio criticou os ex-presidentes petistas por obras não concluídas no Recife. 

Entre 2003 e 2006, Júlio participou da equipe de Campos à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula. No governo de Campos em Pernambuco, foi secretário de Planejamento e de Desenvolvimento Econômico e atuou ainda como presidente do Porto de Suape. 

Nas outras capitais, o PSB perdeu força. Em 2012, o partido conquistou cinco prefeituras de grandes centros: Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Cuiabá e Porto Velho. Em 2016, além da conquista na capital pernambucana, a legenda emplacou apenas a reeleição de Carlos Amastha, em Palmas (TO).

Candidato derrotado na disputa de 2012 à prefeitura da capital sergipana, o deputado federal Valadares Filho foi superado pelo ex-prefeito Edvaldo Nogueira, do PCdoB, em uma acirrada disputa no segundo turno. O comunista terminou com 52,1% dos votos válidos, ante 47,9% do pessebista.

No primeiro turno, o PSB conquistou 413 prefeituras, ante 434 em 2012. Com a vitória em Recife e Palmas, o partido passa a governar para 1,9 milhão de brasileiros que moram em capitais. Em 2012, a população governada pela legenda nos principais centros era de 7,8 milhões. 

Em Goiânia, Vanderlan Cardoso, do PSB, foi derrotado por Iris Rezende, do PMDB, que terminou com 57,7% dos votos válidos. Trata-se da terceira vez que Rezende assume a prefeitura da capital goiana. Debutou no cargo em 1966, após vencer a última disputa à prefeitura antes da suspensão das eleições diretas para governador e prefeito pela ditadura naquele ano. Após ter investido quase 2 milhões de reais na própria campanha, Vanderlan terminou com 42,3% dos votos.

A exemplo do que ocorreu no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte o atual prefeito Marcio Lacerda (PSB), próximo de concluir seu segundo mandato à frente da prefeitura da capital mineira, não conseguiu fazer seu sucessor.  Após indicar o apoio ao correligionário Paulo Brant, Lacerda desistiu de lançar um candidato próprio e apoiou Délio Malheiros, do PSD, que terminou em quinto lugar na disputa de primeiro turno, com apenas 5,4% dos votos. 

Em Fortaleza, Roberto Cláudio foi reeleito pelo PDT no segundo turno, com 53,57% dos votos válidos. O atual prefeito elegeu-se em 2012 pelo PSB, mas disputou as eleições deste ano pela legenda trabalhista criada por Leonel Brizola, após acompanhar a migração de Ciro e Cid Gomes, ex-governadores do Ceará. 

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